sábado, 9 de janeiro de 2010

Irrar e umano

O Departamento de Festas do Olival, na ânsia de colocar rigor e profissionalismo em todas as suas acções, elaborou um aturado processo de investigação sobre a aniversariante do passado dia 7 de Janeiro do corrente ano. Todavia, apesar do empenho desenvolvido e porque no melhor pano cai a nódoa, este Departamento falhou na localização geográfica do nascimento da estrela em causa.
Erros destes são inadmissíveis na era 'GPS'. Assim, onde se lê "uma rica prenda nascia em terras da vila nova de Gaia", deve ler-se "uma rica prenda nascia na Maternidade Júlio Dinis em terras do Porto". E ainda bem, porque uma Maternidade no Porto vale mais que a Gaia toda.
Pelo facto, o Departamento de Festas do Olival apresenta o seu pedido de desculpa aos exigentes leitores (muito poucos mas suficientemente esclarecidos para não serem esclarecidos) do Jornal da Caserna dos Oliveiras Online.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Feliz aniversário mesmo

Há anos (alguns mas muito poucos, ou nem tantos como isso), um dia depois dos três Reis Magos entregarem as prendas ao Menino Jesus, apareceu uma linda estrela, uma rica prenda nascia em terras da vila nova de Gaia.
Os anos (poucos ou relativamente poucos para não serem suficientemente muitos) passaram e a menina cresceu, cresceu e cresceu até ser Mulher prendada, Mãe dedicada, Nora educada, Cunhada lembrada e Tia adorada.
Que Deus a proteja e lhe dê muita saúde para renovados e novos desafios (agora que os anos, mesmo sendo relativamente poucos, já são os suficientes), como o de ser uma eficiente e diligente Tia Avó Mesmo.

Departamento de Festas do Olival

Concorrência

A nós só nos falta a 'Construção'. No que respeita à 'Engenharia'...há muito que já a temos e em diversas especialidades, que vão da Química à Ferroviária!

Mas em 2010 vamos construir.
Vamos todos construir um mundo melhor e para isso vamos aproveitar este novo ano para começar pelo nosso próprio mundo.
Vamos construir pontes de tolerância cada vez mais resistentes e novas estradas com o piso da boa vontade para nos aproximar.
Vamos construir portos de abrigo e novos cais para receber de braços abertos quem passa e quem chega.
Vamos construir um grande salão de festas para celebrar todos os dias dos nossos reencontros.
E vamos reforçar os alicerces da cobertura que nos une a todos e protege dos ventos e das tempestades.

Bom Ano para todos.

Acólito mouro desnaturado

Conversa com o Menino Jesus

Olá, menino Jesus:
Terminaram as festividades e tu continuas sorridente, peito aberto, sem frio em cima dessas palhinhas e os teus papás cheios de frio, cobertos de roupa da cabeça aos pés! Serás capaz de me explicares esses contrastes? Não tens receio de contraíres o vírus da gripe A? Deixas-me preocupado com todo esse desaforo.
Bem, com gripe ou sem ela, venho agradecer-te a atenção que me dispensaste neste teu aniversário, foste complacente para comigo e atendeste ao meu pedido; estou-te muito grato. Afinal, eu, humildemente reconheci as minhas faltas, penitenciei-me, prometi-te alterar comportamentos, não havia necessidadezzzzzzzzzze de me submeteres, qual processo inquisitório a tal humilhação. Não havia outra forma de animar a famelga? Confesso que não gostei muito desse SKETCH. Já agora aproveito para te fazer uma sugestão: toma cuidado com as escolhas para teus representantes, alguns dos teus eleitos têm-te deixado com dores de cabeça, estou a referir-me concretamente àquele mocetão lá das terras do Basto, sacou a catequista de 18 aninhos e não foi de modas.
O inquisidor mor, fez-se acolitar por um mouro desnaturado, comprometido com alguma daquelas brigadas de ALAQUESEFEZTARD. Cheguei a temer o pior; então quando vi 19 pregos meia galeota, mais 29 nº 5, fiquei aterrorizado; não sei se me queriam crucificar ou confeccionarem algum mega coktail Molotov. Estes radicais são capazes de tudo. Aconselho-te a consultar a Proteste, lá encontrarás a ESCOLHA CERTA e/ou o PREÇO RECOMENDADO. Não te esqueças que ainda pululam fariseus por aí.
Passada esta primeira ronda das festividades, creio teres considerado o quão injusta terá sido aquela provação para este arrependido, pois agora nas comemorações de fim de Ano foste, efectivamente, bastante generoso. Reconheceste, certamente , que algo terá corrido menos bem na primeira parte.
Brindaste-me e surpreendeste-me com mais um livrinho ferroviário, aumentando assim a minha colecção, mais um livro sobre um excelente músico e humanista ( Daniel Barenboim ), 3 garrafosa de bom vinho de Trevões, um pijama e ( olha só ) uma turquês. Sabes o que é uma turquês?
Além de ser uma peça de ferramenta muito útil, também se pode utilizar para traçar as línguas viperinas, e não faltam por aí, as línguas.
Meu lindo Menino Jesus, de ti não esperava tanto, excedeste as minhas expectativas e posso garantir-te, mais uma vez, vou ser melhor. Prometo-te.
Gostaria que soubesses que estas comemorações foram extraordinárias. Houve Paz, Harmonia, Amor.
Os mais pequenos rejubilaram com o espírito natalício. Emoções fortes estiveram presentes durante um momento sublime de ternura e memória. Recordámos o meu Pai, por sinal, bem presente no espírito da nossa Mãe, de todos nós, filhos, noras e genro. Alguns netos também foram absorvidos por este acto de saudade e recordação. Ele continua bem vivo em nós e vai continuar. Repara bem, meu caro Jesus, como foi possível fazer um momento tão alto e solene, à volta de uma obsoleta máquina de escrever, abandonada no sótão, mas que vai servir para que a memória do meu Pai se alongue ainda mais no tempo.
A Sandra, a neta mais velha, neste teu aniversário, jamais o esquecerá.
Nos festejos de fim de Ano, quiseste obsequiar-me com um majestoso nevão. Ambiente bucólico, lareira acesa, doçura de odores. Uma linda velhinha trazia à lembrança os longínquos tempos de outrora, as vicissitudes de uma vida de sacrifício e coragem, agora o definhar de uma longa passagem…
É a passagem inexorável do tempo. É a realidade da vida, vivida a cada instante.
Meu caro menino, se ainda tens disponibilidade, cuida deste vale de lágrimas.
Para o ano, prometo-te, conversaremos de novo.


O Joãozinho da Mira