segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Qualquer semelhança com qualquer coincidência é puro Natal


Tac tac tac, o que é isto Bôbô?

É uma máquina de escrever.

Tac tac tac, ela escreve o que eu quiser Bôbô? É uma máquina mágica?

A magia está na ponta dos teus dedos que escrevem o que tu guardas no teu coração de ouro. Com ela podes escrever tudo o que quiseres.
Como os caracteres do teu carácter com nome que começa pela letra S de Sonho.
Com este A podes escrever a palavra Amor, com este P desta tecla a palavra Partilha, com esta o N de Natal e com este F, palavras como Família e Fé.

Tac tac tac, olha Bôbô escrevi letras ali no papel! Tac tac tac, olha Bôbô o que eu escrevi. O que é que eu escrevi Bôbô?

Palavras da tua imaginação que são esboços da tua criatividade. Pequenos desenhos em forma de letras que ficam na nossa memória para sempre. Um dia vais conseguir ler tudo isto e saber escrever muito mais do que isto tudo.
Para já são apenas segredos bem guardados na arca de um tesouro que é só nosso e que eu estou certo que tu vais saber proteger para sempre.

Tac tac tac, nós temos um tesouro Bôbô?

Nós temos. Temos um grande tesouro, tão valioso que nem todo o ouro do mundo pode comprar.

Tac tac tac, esta máquina é assim tão valiosa Bôbô?

A máquina não, mas a magia do teu coração e as palavras que tu podes inventar com ela valem uma fortuna.

Tac tac tac, então onde está o tesouro Bôbô?

Ouve bem o metálico impacto que cola as letras no papel. Sente a força da tua convicção, observa como obedecem à ordem dos teus firmes dedos.

Tac tac tac, esta força Bôbô, TAC TAC TAC?

Sim, essa mesmo, é a energia que vem do teu coração. Com essa força podes desvendar os segredos do mundo, aprender a afastar os dias maus e saber escrever os caminhos certos para a tua vida, mesmo contra ventos e marés.
Podes ser escritora da ambição ou jornalista das boas novas.

Tac tac tac, não percebo Bôbô, afinal onde está o tesouro?

O tesouro está no teu coração de ouro, na luz dos teus olhos, na magia das tuas mãos.
O tesouro és tu e vales por tudo aquilo que és e serás capaz de fazer um dia.
O tesouro também é o nosso respeito pelos valores e princípios que não devemos esquecer nunca.
O tesouro pode ser, ainda, qualquer objecto que fale das nossas recordações, como esta máquina fonte de inspiração para os mágicos da Felicidade, palavra que começa pela letra F, desta tecla aqui!
E nunca te esqueças, coração de ouro, das palavras que te ensinei a escrever com a letra F.
Um dia vais perceber que esta máquina de ficção pode ser um tesouro teu na realidade, porque guarda as memórias do tempo que partilhámos juntos.
Ao vê-la, vais recordar o encanto de velhos tempos e poderás lembrar-te de mim e da força com que segurei e orientei os teus pequenitos mas fortes dedos...

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Na caverna da Oliveirita

O Natal está à porta e as ansiedades e expectativas foram bastante evidentes, ontem mesmo, nos festejos do aniversário da Vovó.
O “people” desfez-se em alegres e sonoros comentários sobre a ceia de Natal e, sobretudo, acerca do tão badalado presente surpresa.
Houve quem não resistisse a questionar o próximo; - já compraste o meu presente???? então não és tu o meu amigo secreto???
A Vovó estava radiante, contagiada pela alegria efusiva manifestada pelos mais descontraídos.
Ceou-se com alguma voracidade, dado a adiantado a hora, cantaram-se os parabéns, brindou-se aos oitenta e três, deglutindo um saboroso bolo de aniversário, tudo a preceito como convém.
Posto isto foi tempo de definir tarefas para a janta Natalícia, eu faço isto, tu fazes aquilo, este traz isto, aquele traz aquilo e eis senão quando a Tia Fátima se insurge…….- Eu não trago rabanada nenhuma; o ano passado não comeram a minha rabanada e apresentaram outra.
Ora aqui está um pequeno “quipróquo” perfeitamente evitável, estava tudo a decorrer, diria que na perfeição, quando surge este imbróglio.
Se a Tia Fátima estava encarregada de trazer a rabanada para o “people”, era essa rabanada que se comia. Isso é deselegante para com a Tia Fátima e descredibiliza quem ostensivamente não apreciou a dita cuja. Vamos lá ser um pouquinho melhores uns para com os outros, atravessamos uma época de PAZ, e vamos provar um bocadinho de tudo o que nos apresentarem. Fica-nos bem, e o produtor/a agradecem e sentem-se gratificados.
Por mim Tia Fátima, trás a rabanada tostadinha e bem molhadinha em vinho tinto, não confundir com vinha de alhos. Ensinaram-me a comer de tudo.
Ultrapassado este, «piqueno» incidente, que quase ninguém dos presentes valorizou, a Oliveirita e anfitriã da próxima Quinta à noite, 24 de Dezembro de 09,
anunciou, com muita simplicidade; - É preciso levar tudo, ou seja, a generosidade da Oliveirita termina aqui, porque,”tadita”, dá o que tem e devemos congratularmo-nos, porque não é um qualquer que têm o privilégio de desfrutar de uma ceia de Natal em casa nova.
Vamos ter mesmo festa.
Pessoalmente estou entusiasmado; esta noite, tive um sonho, coisa raríssima, fui alertado pelo Arcanjo Arzabah: o tipo lá conseguiu reparação adequada na asa esquerda com aprovação na respectiva Inspecção Periódica; de que me munisse de ferramenta própria para abertura de algo acondicionado em madeira, na própria Noite de Natal.
Acordei perplexo. Será que lá no etéreo e celestial habitáculo terá chegado a minha prece sobre o livro sobre Comboios Portugueses? Eu pedi um livro, não pedi um comboio; será que o Menino Jesus se equivocou? Faz tempo que leu mal o nome de uma criança, trocou Jacinta por Jacinto e entregou um comboio à Jacinta. Um comboio não é propriamente um presente para uma menina, mas lá no céu também há erros.
Bom, para me preparar com alfaias de carpinteiro, talvez o empregado do Menino Jesus, tenha cometido algum erro grave e por isso, eu vou-me sair em grande, vou receber, não uma prendinha mas, um grande caixote de pregos; estou mesmo a ver mais uma borrada do Arcanjo Arzabah. De todo o modo já estou tomando as devidas precauções e o que for será.
Paródia à parte, espero e desejo que seja efectivamente um GRANDE NATAL, por muitas razões, sobretudo e felizmente por ainda cá andarmos todos.
Posto isto, encontrar-nos-emos na caverna da Oliveirita, para um encontro de Alegria, Paz e Amor.
Até lá abreijos.

Tio João

domingo, 20 de dezembro de 2009

Salvé dia 18 de Dezembro

Rosas, muitas e muitas rosas, para uma forte e corajosa oliveira que é um exemplo.
Um caso sério de amor e carinho que fazem desta árvore Mãe, Avó e Sogrinha uma fonte inesgotável de vida que alimenta cada dia e protege, com os seus robustos ramos, o caminho iluminado com o seu olhar.

Oliveiras felizes

sábado, 19 de dezembro de 2009

Bye bye Air Race

As Oliveiras que quiserem continuar a olhar para os aviões a passar têm que descer até à capital. Não será pelas boas razões mas... é uma boa desculpa para visitar o olival no sul.

Oliveira moura

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

3º Pensamento do dia (ou 1º do dia seguinte)

Este blog chega a ser melhor do que qualquer jornal... Ninguém nos lê!

Oliveira (pouco) pensadora

2.º Pensamento do dia

Este blog é melhor do que qualquer rede de telemóveis... Ninguém nos ouve!

Pensamento do dia

O priminho quando vê a priminha na fotografia grita, "Ó mãe eu também quero fazer Cai de Surf"

Oliveira pensadora

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Oliveira em Ocean Race+Ria Race

Há quem não se fique só pelas fotos...

Oliveiras Air Race

Fotógrafo classificado em 3º lugar (de um grupo de três fotógrafos) naquele dia especial de Outubro na praia de ouro com vento que bate até que fura. Lipinho e Duartinho ocuparam os dois primeiros lugares do concurso de fotografia. Um dia iremos conhecer as suas fotos e saber qual dos dois ficou em 1º lugar.

Oliveiras Ocean Race

Por esse rio acima, num dia de ouro passado em vale tão valioso como o sol daquele Agosto 2009.

Oliveiras on race

Grande Prémio do Cabo do Mundo, Julho 2009. Adrenalina e Oliveiras a alta velocidade.

Oliveiras on tour

Gerês mais uma vez, Junho 2009. Não há obstáculos para os experientes e desembaraçados Oliveiras exploradores.
Um dia alguém perdeu uma guerra assim, mas naquele ganhou-se uma Batalha.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Oliveiras on tour

Algures na Serra do Gerês, o grupo da frente, na busca de emoções fortes em Agosto de 2007

Oliveiras on tour


À reconquista do Gerês, em Agosto de 2008, nada escapa à minuciosa Organização

Pensamento do dia

Hoje ainda não pensei nada. Logo penso nisso!

Oliveira pensadora

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

"Na tal Caserna tudo se sabe sobre o Natal"

O Jornal Caserna dos Oliveiras Online é o órgão de informação familiar dos mais vistos em Portugal neste momento (género, "Eu nunca vi disto!!"). Regista uma média diária de cerca de 0,005 visitas, mas em dias bons pode chegar às 0,01 vistas. Estes são os últimos dados da ARCJCOL, referentes a Outubro e Novembro.

De acordo com a Associação Regional para o Controlo do Jornal Caserna dos Oliveiras Online, o Caserna dos Oliveiras sobe significativamente face ao período homólogo do ano anterior, período em que o Jornal não existia.

Segundo fonte do Jornal, que prefere não se identificar, este sucesso justifica-se pela número de visitas dos próprios autores dos artigos publicados. "Se não fossem os próprios jornalistas da Caserna a visitar a 'obra', os resultados podiam ser muito piores. É como certos filmes portugueses, só os autores e a sua família é que os vão ver. O problema aqui é que nem toda a família aparece...para ler", declarou a fonte à LUSERNA. Adianta ainda, a mesma dita fonte, que "no futuro as coisas têm tendência a melhorar porque os potenciais interessados irão perceber que podem contribuir com pequenos textos ou reflexões, fotos interessantes que, embora sem identificar qualquer rosto, merecem ou dispensam legenda, chamada de atenção para um artigo de jornal curioso e/ou pertinente, pensamentos do dia, receitas de bacalhau, ou qualquer outro motivo de interesse seja carne ou peixe".

O entusiasmo é grande e os objectivos são claros, "a meta é atingir 0,9 a 1 visita por dia, fora as visitas dos autores dos artigos", afirmou, ou melhor, queria afirmar a tal fonte. Para isso contam com a Campanha de publicidade com o slogan " Na tal Caserna tudo se sabe sobre o Natal".

Vamos consultar para comprovar.

LUSERNA (uma espécie de Lusa do Caserna, ou seja, uma agência noticiosa, neste caso não oficial, que não sendo uma agência sabe de todas as notícias)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Menino Jesus 16 - Pai Natal 0

Foi uma vitória avassaladora. O Menino Jesus venceu, sem qualquer margem para dúvidas, o poderoso Pai Natal. O debate chegou a atingir a temperatura normalmente quente dos grandes encontros familiares, mas a tendência vitoriosa do verdadeiro espírito de Natal foi sempre clara e nunca esteve em causa a vitória sobre o poderoso lobi comercial.

Tio João trazia a lição bem estudada e apresentou a sua proposta, em dois potes, que vai revolucionar o Natal deste ano, no que respeita à distribuição dos presente de Natal. "Trata-se de regulamentar uma determinada situação", afirmou Tio Nando, chegado ao rectângulo de jogo a tempo de cumprir a segunda parte do debate e respectivo prolongamento. Pelo meio discutiu-se um pouco de tudo na esteira do que vem sendo habitual, designadamente, o destino dado aos potes apresentados como solução para a concretização de um sorteio cujas regras estariam claras à partida caso se chegasse à conclusão que a aprovação da proposta de Tio João viesse a ser aprovada tal e qual foi apresentada. Tio João começou a preparar o terreno para a discussão desde muito cedo e cedo entendeu que teria de ceder um pouco para atingir o objectivo principal: Economizar. Um verbo cada vez mais difícil de conjugar, sobretudo quando faltam palavras para verbalizar quanto mais conjugar. Não foi fácil para o autor da moção em debate ver a sua proposta subvertida pela oposição. Mas intervenção da "Canalha", sob o olhar atento e decisivo da Matriarca, ajudou a desanuviar o clima e evitar uma crise política familiar iminente que podia, quiçá, gerar cenário de instabilidade e provocar o que muitos comentadores foram afirmando, durante a semana que antecedeu o debate, "o mais certo é ficar tudo na mesma". Por outro lado chegou-se a temer o uso dado aos potes. Se as coisas não corressem bem podia não ser papel a única coisa a lá pôr.
Mas não ficou tudo na mesma, antes pelo contrário, uma nova era da partilha familiar teve começo naquele dia, véspera de um outro mais importante ainda. A ordem de trabalhos previamente definida não conseguiu evitar o agendamento de outros projectos com vista a diminuir custos orçamentais.

Mas a grande surpresa estava guardada para o fim desta reunião magna. O grande encontro de Natal deste ano vai ter lugar nas novíssimas instalações do parque habitacional do Olival. A mais recente aquisição do vastíssimo imobiliário das Oliveiras vai abrir as suas portas naquilo que é já considerada por muitos observadores do Social como a inauguração do ano. A notícia foi acolhida com uma unanimidade pouco comum nestes plenários e teve imediata aceitação de todos os parceiros sociais. Pudera, novas instalações, com o mais moderno e testado equipamento, candeeiros de excepcional complexidade, móveis e sofás viajados, TV de écran panorâmico, entre outras modernas funcionalidades, tudo disponível para assegurar mais um sucesso de um especial encontro. É claro que tal moção não podia deixar de receber o unânime e clamoroso apoio da "coligação positiva" logo ali criada para votação da proposta. Se o poeta diz que "Natal é quando o homem quiser", esta Família tem provado que faz acontecer Natal todas as vezes que se reúne e, mais importante ainda, se une. Venceu o verdadeiro espirito de Natal que está à porta mas que naquele dia mostrou já ter entrado no coração de cada um dos membros desta fantástica Família.

Repórter do Caserna on line

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

SAIAS

Por decisão Suprema, reuniu-se a assembleia: Anjos, Arcanjos,Serafins, Querubins e outra passarada celestial tomaram os seus lugares para escutarem novas deliberações divinas.
Ouvido o intróito, verificou-se só haver um único ponto na ordem de trabalhos: nomeação do Arcanjo Arzabah, director da Filarmónica Angelical, SA.
Escusado será anotar que a nomeação foi aceite por aclamação e asa no ar.
Harpas,Cítaras,Trompas e Trompetes, Clarins e Clarinetes,Flautas, Flautins, Pífaros, e demais procedimentos admninistativos, ficaram assim e por determinação divina a cargo e reponsabilidade do Arcanjo Arzabah.
Dado o devido e derradeiro destino a tão romanesca personagem, havia que lhe dar um fim, concentremo-nos,então, no crescimento e desenvolvimento do Joãozinho.
Iniciou os seus estudos primários num colégio de Freiras. Logo aí e com tenra idade, o atractivo de uma esbelta figura lhe despertou a cobiça; referimo-nos à Irmã Jacinta,senhora de um porte alto e elegante, a quem o hábito monástico assentava na perfeição.Joãozinho, na sua pequenez e cálida infantilidade, questionava o porquê de uma senhora tão bela estar coberta de alto a baixo.
Pelo contrário, havia uma outra feminidade, esta não monástica,que para além de leccionar a primeira classe, tocava órgão nas celebrações religiosas. Desta peça,que era muito má, o Joãozinho retém, no presente, um proeminente traseiro salientado pelo arredondado da forma, destacado no andar bamboleante por acção de uns sapatos de salto alto.Coisa fina para quem frequenta o mosteiro.
Que cariz observativo terá despontado tão precocemente neste menino de sete aninhos???
O Joãozinho prosseguiu os seus estudos, nunca esteve de castigo por incumprimento dos seus deveres e atingiu objectivos elevados, à época, conseguindo no mesmo ano aproveitamento muito satisfatório nos exames da 4ª classe ( ainda hoje sabe os rios que atravessam o seu País)da admissão ao Liceu,( ainda hoje sabe que 9x7=63),à Escola Técnica,( ainda hoje sabe que o ferro é um mineral),fez a Comunhão Solene, (ainda hoje sabe o 10º Mandamento da Lei de Deus) e ainda foi ao Seminário explicar onde se inicia e onde termina a Linha Ferroviária do Douro.
Permitam-nos um pequeno aparte: muitos dos actuais Universitários têm total desconhecimento destas matérias.
Nestes entretantos, surge o primeiro e desvairado, descontrolado, despudorado e não correspondido " amor" do Joãozinho: a LOLA. Menina da sua idade, que nunca lhe deu a mínima abébia. À tentavia de um pequeno afago a uma mama, respondeu com um valente estaladão, que pôs o Joãozinho em " su sito" e a pensar por uns tempos.Não viu estrelas, mas caiu na real.
Talvez desencorajado por estes inícios desfavoráveis,e porque lá em casa os hábitos religiosos eram muito usuais e correntes,o Joãozinho foi influenciado, sobretudo, por expressa vontade de sua Mãe em ter um filho Padre,a ingressar no Seminário.
Com muito entusiasmo e na maior das inocências, Joãozinhonão tinha a menor ideia do que ia encontrar e do que o futuro lhe reservava.
Proveitosos foram os estudos: disciplina, exigência, trabalho, método e afinco, foram incutidos, os resultdos ficaram sempre acima das expectativas e por aí não existiram quaisques óbices.
Problema foi a conduta, o comportamento.
O Joãozinho era irrequieto, a sua piedade era nula, orações só o mínimo e com muita distracção, dotes religiosos não se lhe reconheciam e ao fim de seis anos o resultado só poderia ser único...rua.
Tudo se deveu a diversos confrontos de ideias não assumidas à época pelos superiores, aos tabus sempre presentes, despertadores de indefinições e incoerências. Questões colocadas por vários colegas,respostas que não surgiam. Interrogações para as quais não havia respostas.Não era só o Joãozinho que discordava....A vida teria que prosseguir.

Próximo......não é na barbearia, mas na fábrica.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A Epifania do Joãozinho

A alegria era contagiante, aqueles Pais estavam radiantes e não lhes faltavam motivos para tal.O Joãozinho crescia e era o motivo de todas as atenções, mimos e cuidados.À época tudo era escasso,a abundância não dizia presente e o polícia João trabalhava com denôdo para que nada faltasse lá em casa.
O trabalho da Mira duplicou com o recém chegado, mas o encanto do menino fazia ultrapassar tudo o que fosse menos bom.
Convém referir que toda a envolvência desta família se confinava a ela própria.
A interacção singia-se ao vizinho da direita e à vizinha da esquerda.
A comunicação com as famílias paternas, lá longe, passavam por umas quantas cartas; quer dizer; o isolamento e a distância eram reais, ou seja, apoio familiar de proximidade nulo.
Mas a vida era isso mesmo,havia que ter determinação e coragem com alguma sorte à mistura.
Como atrás referimos, os meios eram escassos,não havia telefonia e tão pouco TV. O polícia João ocupava-se com a sua lida diária, trabalho-casa, casa-trabalho e num outro intervalo, dedicava-se a uma pequena horta, da qual retirava algumas verduras para consumo doméstico.Criava em simultâneo uns animais de capoeira que ajudavam e muito no menu caseiro.
João e Mira viviam radiantes com o desnvolvimento do seu rebento;estavam contentes e felizes. Era tal a felicidade e o entusiasmo que passados poucos meses após o nascimento do Joãozinho, a Mira já se encontrava disposta e predisposta para nova façanha.Esta atitude, quiçá, irrefletida por parte deste jovem matrimónio ,não terá agradado ao celícola divino que não esteve com mésinhas: convocou a Arcanjo Arzabah e ordenou-lhe que imediatamente viajasse para a Terra, teria que avisar ( em sonhos ) o Polícia João que tivesse algum cuidado, Mira dera à luz havia pouco tempo e havia que tomar precauções.
Munido da prévia autorização divina, o Arcanjo rumou a toda a velocidade em direcção ao modesto lar do Polícia João.
Não sabemos se à época já existia o ditado bem conhecido na actualidade: Deus escreve direito por linhas tortas, mas na realidade isto correu tudo muito mal.
O Arcanjo mal entrou em espaço aéreo terráquio teve uma avaria na asa esquerda; a transmissão entrou em colápso que provocou um profundo desacerto nos batimentos alares.
Era objetivo do Arcanjo encontrar o Polícia João a dormir,para lhe comunicar a admoestação Divina, mas com este precalço o Arcanjo chegou atrasado; estavam Mira e João em alegre paródia entre lençóis e bem acordados.
A primeira conclusão a tirar é que Deus esqueceu-se que a perfeição só existe lá nos seus domínios; ter-se-á esquecido de enviar o Arcanjo à inspeção, antes de tão longa viagem.
A segunda conclusão, e a de maior consequência para com os recém-papás, é que o planeamento familiar Divino falhou em toda a linha.
O Jãozinho a breve trecho teria um maninho, a quem chamaram AMERQUINHO.
Das consultas resultam relatos que dão o AMERQUINHO, branco, miudinho, cabelos loiros,assim pró enfezado.
O labor diário dos progenitores consegui alterar este estado de coisas, mas o trabalho era demasiado para este jovem casal. Talvez o Divino se tenha arrependido deste embróglio em que se meteu; na verdade os moços remontaram e lá cresceram, fizeram-se homens e hoje ainda se recomendam.

Próximo Capítulo-SAIAS

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

"A festa terá, quiçá, um encanto diferente"

Entrevista exclusiva com Tio João ao Caserna dos Oliveiras on line

Caserna dos Oliveiras on line (CO): O Natal está a chegar...
Tio João (TJ): O Natal está à porta.


CO: É tempo de pensar já nos preparativos?
TJ:Como habitualmente chegará a hora de pensar nas lembranças para a família e não só.

CO: Este ano a crise e as suas circunstâncias vai afectar as habituais compras?
TJ: Pois muito bem; dadas as actuais circunstâncias de conjuntura económica, eu Tio João, venho apresentar uma proposta que espero seja de agrado geral.

CO: Venha ela...
TJ: Então cá vai: 1º Será suposto que quem oferece (UMA SÓ PRENDA) são os familiares trabalhadores, aqueles a quem dirijo.

CO: Ao proletariado e não à malta do capital portanto. E em segundo?
TJ: 2º O nome de cada um destes familiares será escrito num pequeno papel dobrado e colocado num recipiente ou pequeno saco.

CO: Se é um esquema será certamente um saco azul.Terceiro...
TJ: 3º Cada um retirará do recipiente um papelinho onde, secretamente, descobrirá quem é o familiar a quem terá de comprar a prenda do Pai Natal, não podendo nunca revelar quem lhe tocou em sorte.

CO: Sorte é se o papelinho estiver em branco. E depois?
TJ: 4º Na Noite de Natal, quando chegar a casa da Vovó, cada qual deposita sigilosamente o seu presente, com o nome do respectivo destinatário, (sem remetente) em local a designar.

CO: Sigilosamente? É capaz de não ser lá muito fácil.Mais algum passo?
TJ: 5º Quando formos abrir as prendas, os visados vão receber, efectivamente, uma prenda vinda, sabe-se lá de onde!!!!!!!do Pai Natal.

CO: Parece um esquema um pouco burocratizado, com muitos passos. Não será possível aplicar o sistema simplex a este 'quebra cabeças'? Qual é o segredo do esquema?
TJ: O segredo será o mais importante desta entrega de prendas.

CO: E a malta o que é que ganha com isso?
TJ:Com este esquema consegue-se que:
1º Se possa “oferecer-receber” uma prenda melhorada.
2º O ofertante gaste menos e não tenha a preocupação de ter de comprar para todos, muitas das vezes coisas sem grande proveito.
3º Economizar, porque nestes momentos de grande dificuldade é fundamental.

CO: Parece uma arrojada campanha 3 em 1 ou um anúncio das finanças sobre os pagamentos por conta. Tudo isto não obriga a uma logística séria...
TJ: A logística desta brincadeira ficará a meu cargo.

CO: Os mais pequenos não serão quantitativamente prejudicados?
TJ: Este esquema não impede que se distribuam prendas aos mais pequenos, bem como, dos pais aos filhos (vice-versa) e entre esposas.À Vovó todos devem prendar.

CO: Então ficamos quase na mesma. É quase uma volta de 360º. Quer esclarecer um pouco mais como pretende concretizar o esquema?
TJ:O sorteio dos papelinhos com o nome da pessoa que calha em sorte a cada um dos demais, será feito na próxima reunião familiar, talvez o aniversário da Vovó.

CO: Como acontece em qualquer esquema não teme que os resultados sejam adulterados. Não teme um caso tipo 'Prenda dourada' ou 'Prenda Oculta'?
TJ: Se em sorte, sair o nome do marido e/ou da respectiva esposa, deve o receptador dobrar o papelinho e devolvê-lo ao recipiente, para que o espírito da prenda do Pai Natal não seja adulterado.

CO: Está convencido que a ideia tem pés, cabeça e pernas para andar?
TJ: Espero que a ideia seja do agrado geral e, fico na expectativa de reacções positivas.

CO: Fica à espera de uma vaga de fundo e sem medo de ficar no fundo da mesma? Acha que a onda pode ser um contributo para a festa?
TJ:A festa terá, quiçá, um encanto diferente e naturalmente mais de acordo com os tempos bem magros que vivemos.

CO: Muito obrigado pela sua disponibilidade. Como é que se chama mesmo?
TJ: Tio João

(Nota da Redacção: Qualquer semelhança das perguntas com qualquer coincidência das respostas é pura imaginação)

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

PARABÉNS

O mais novo elemento da familia faz hoje 7 aninhos.
Que sejas sempre feliz.
Beijinhos
Tia Fátima
http://www.youtube.com/watch?v=ofSAXiXK1z8

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O Advento do Joãozinho

Naquele tempo, corria o Ano da Graça do Senhor de 1952 do século XX.

Mira, casada com um Polícia de seu nome João, encontrava-se nos finalmentes da sua primeira gestação. As dúvidas e ansiedades adensavam-se com o passar dos dias e as interrogações eram muitas. Os meios disponíveis eram nulos e o que tivera que ser, seria.

Havia a expectativa de saber se seria menino ou menina; à época cremos que não existiam os exames ecográficos e, portanto, só depois do produto fora do armazém é que se verificava o seu género.

Havia um modesto enxoval preparado para receber a criatura, para além do amor e do carinho dos progenitores .

Algo parecido com O de Belém, mas ainda mais pobre, não havia burro nem vaca.

Durante um dos sonos mais profundos de que o Polícia João disfrutou antes do nascimento do seu primogénito, apareceu-lhe, em sonho, claro, o Arcanjo Arzabah, empunhando uma espada de fogo numa mão, talvez para amedrontar o pacífico Polícia. Na outra mão trazia uma clássica pauta musical e, guiando-se por ela, entoava um suave refrão, mal perceptível, mas que dizia mais ou menos isto: os Joões, ou são tolos, ou bufões.

João Polícia acordou sarapantado e exclamou: ai é!!!!!! pois se for rapaz vai mesmo chamar-se João; com todas as letras.

Não consta que o dito arcanjo tenha molestado alguma vez mais o Polícia João e estamos em crer que esta arcanjo se terá desenfiado do céu sem a prévia autorização.

O Polícia João ainda hesitou em relatar à Mira este sonho tão mirabolante e tão pouco oportuno, mas acabou por o confessar.

Mira não se fez rogada e exclamou: ora!,ora!, o que importa é que seja perfeitinho, o resto são tretas.

Rezam as croniquetas que " a boa horinha " chegou por volta do início da noite do 26 de Novembro do 52 do século passado. Consta que ambos ( os dois ), depois os três, foram tão felizes, que rapidamente passaram a ser quatro, e assim sucessivamente.



Próximo Capítulo......A Epifania do Joãozinho

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Ferróvia da Telha




Boletim Informativo




O Consórcio Telha informa os potenciais interessados que, os trabalhos de alteração e rectificação da via férrea da Telha, estão numa fase crucial do seu desenvolvimento.


A via, pròpriamente dita está já montada e, procede-se agora ao laborioso e minucioso trabalho artesão,decoração e iluminação.Editam-se algumas fotos de modo a complementar a informação.Espera-se e deseja-se que não haja nenhuma derrapagem na vontade do construtor. Construtor, desenhador, projectista, carpinteiro, electricista, serralheiro, financiador e demais ofícios agregados no mesmo sindicato.


Daí, e até à data, não se ter notado quaisquer movimento grevista, o que pressupõe que os trabalhos deveram continuar no mesmo ritmo e, terminar " mesmo no fim".


Aguarda-se com natural expectativa o dia da inauguração, não estando , de momento, prevista a presença de algum membro governamental, a menos que soborne o admistrador do Consórsio Telha com € 10.000, nunca por menos.Deseja-se que a informação seja do agrado de todos e, òbviamente aguardam-se comentários.


OBS: o Blog está muito morto, melhor, pouco vivo.


Tio Vendedeiro ( quase despromovido ) em linguagem estatal, a descer de escalão.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Parabéns

Parabéns Filipe, como cresceste!
É bom ver-te assim.
Um beijo,
Tia Fátima

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

PARABÉNS


Hoje é um dia especial para os Oliveiras, já que há um membro desta familia que festeja mais um ano de vida.
Para ti Álvaro um beijinho, com esperança de para o ano estarmos todos aqui.
Tia Fátima

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Oração

São muitas as razões para agradecer o privilégio do que temos e diversas as ocasiões para o fazer. Mas há momentos especiais onde pedimos ao tempo um intervalo para pensar. São momentos para procurar no coração inspiração para libertar palavras presas ao pensamento. Para memória futura aqui fica um pouco da esforçada brisa poética que soprou timidamente naquele dia particular:

«Em cada amanhecer agitado procurei o caminho certo, sem saber ao certo que caminho procurava.
Certo dia, numa “Primavera que eu esperava” (1) Trouxeste-me uns olhos claros como um Farol (2), profundos como os ventos que beijam as velas das caravelas da aventura (3) ao som dos cânticos (4) das descobertas. “Foi fácil saber que estava vivo” (1) naquele olhar que me abraçava as lágrimas e aquecia o coração.
Pedimos-Te , então, a “Tua força” (1). Sempre presente, iluminaste Senhor o “crescimento do nosso gesto” (1) com a luz do Tesouro mais valioso do mundo.
Hoje, e nestes dias especiais para as nossas vidas, renovo o pedido da Tua protecção agradecendo o caminho já percorrido e os sinais que apontam a direcção certa.
Obrigado Senhor pela J., vinda de um campo tão fecundo e rico onde nascem oliveiras fortes.
Obrigado Senhor pela sombra dessas oliveiras nos tempos quentes de Verão e pelo calor dos seus frutos que aquecem os dias frios de inverno.
Obrigado Senhor pela oliveira Mãe e Avó, exemplo de perseverança e eterna esperança. Árvore rija e terna que abraça, incondicionalmente, em cada instante e em qualquer lugar.
Obrigado Senhor pelo J., nome de Tesouro que nos inspira todos os dias a desvendar os segredos dos ventos da ambição.
Obrigado Senhor pelas árvores dos campos de onde vim, cujas sombras de saudade guardam para sempre as raízes perenes da convicção dos Santos que em mim deixaram.
Obrigado Senhor pelos amigos, portos de abrigo sempre dispostos a ajudar na procura dos caminhos que revelam “a claridade da Tua vontade” (1)».

Tio Álvaro

(1) Citação de Oração de Cerimónia Matrimonial.
(2) Referência a um símbolo significativo na história pessoal dos sujeitos poéticos.
(3) Referência a viagem no lendário Navio Escola Sagres, símbolo de um País de Marinheiros destemidos que “deram novos mundos ao mundo”.
(4) Referência a texto do Antigo Testamento, Cântico dos Cânticos, escolhido para Cerimónia Matrimonial.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Barbie 50 th anniversary.

Parabéns à Barbie.
Embora eu ache que é um bocado larguinha para Barbie, mas a idade não perdoa cunhada!
Beijos
Tia Fátima

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Redacções e Recordações

A leitura atenta da Redacção com nota 26, da autoria do ilustre Tio João, recordou velhos tempos e levou-me a consultar o meu precioso caderno da 4ª Classe. Reli com saudade alguns textos sobre temas tão originais como a Primavera, as Férias e a Família. De todas, pela actualidade, partilho a seguinte pérola:

"Ovar, 29 de Abril de 1975

Redacção
O dia das eleições

As eleições para a Assembleia Constituinte realizaram-se no dia 25 de Abril. Foram votar quase todas as pessoas que estavam recemseadas. Houve várias secções de voto: na Câmara, nos Bombeiros, no Ciclo, no Tribunal, no Asilo, na Escola dos Combatentes, no Liceu, no Cinema, na Escola Industrial e no salão dos Irmãos Unidos.
Tudo decorreu dentro da maior ordem e ao princípio da noite já se soube que estava à frente o P.S. cujo Secretário Geral é o Senhor Dr. Mário Soares."


Não faço ideia que nota me foi atribuída pelo trabalho mas tenho a impressão que...continuamos, mais ou menos, na mesma!

Tio Álvaro

International geographic

(Oleaceae da tribo do Candal exibindo a sua perícia em plena floresta minhota)

Os membros da família Oleaceae passam a maior parte do tempo no chão e com a cabeça no ar. Mas por vezes gostam de exibir as suas capacidades em voos baixinhos. O Oleacea gosta de marcar o seu território de forma sonora e exuberante. São grandes lutadores e demonstram pouco medo de obstáculos. Obedecem a uma hierarquia forte e complexa dentro das suas tribos familiares mas adoram desobedecer, de quando em vez, no sistema de regras imposto pela sociedade onde vivem.

Geralmente os Oleaceae vivem em pequenos e médios bandos comandados pelo líder dominante e procuram momentos para encontros periódicos para se alimentarem em conjunto. Quando encontram alimentos não se importam de partilhar entre si revelando grande alegria e excitação em ruidosas reuniões improvisadas.


Os Oleaceae são omnívoros, isto é, comem diferentes tipos de alimentos e em razoáveis quantidades que fazem acompanhar de líquidos seleccionados. A sua dieta varia de acordo com a estação do ano.


in Caserna Geographic

domingo, 4 de outubro de 2009

Invasões francesas propriamente ditas

En 1810, Massena, l'intrépide maréchal de Napleón Bonaparte, souffre sur ces versants une des premières défaites de l' émpire devant les forces anglo-lusitaines. On peut voir dans le Musée Militaire, dédié à ces événements, le butin de cette bataille.

Au mois de Aout Madame Mimi et l' íntrépides fille, petit-fil et beau-fil on oxygéner le corps et l´âme en pleine nature réapprendre la magie de la fraîcheur des matins, sur la mont de Buçacô, en attendant la délice unique du cochon-au-lait pour diner, accompagné d' excellents vins de table de la région démarquée de Miálhadá. Pour la nuit, aprés le coucher de soleil, un verre d' eau mineral naturelle d' une ressource de excellence.

Oncle Álvarro

Invasões francesas, Parte II

Em Agosto do corrente ano o ramo dos Fernandes que cresceu até França visitou a capital do nosso querido Portugal. A comitiva ficou instalada no luxuoso Santos Hotel Lisboa que, como todos sabem, tem sempre as suas portas abertas, pratica preços especiais para grupos de Oliveiras e tem uma panóplia de programas fantásticos para datas e momentos festivos particulares (destaque para o pack especial 'Celebração Aniversário de Lua de Mel' na Real suite Presidencial com direito a champanhe da Adega Cooperativa da Mealhada).
As obrigatórias e históricas visitas ao Castelo de S. Jorge e Mosteiro dos Jerónimos contrastaram, entre pasteis de Belém, com a observação dos novos e incontornáveis locais da capital. Entre eles, destaque para o cultural CCB onde os primos e primas ficaram de cabelos em pé e olhos em bico a ver como, e por onde, se anda em Lisboa.

Tio Álvaro

sábado, 26 de setembro de 2009

Ano Lectivo 2009/10

Redação

A Família

Eu gosto muito da minha família.
Na minha família há uma Avó, Mães,Pais,Filhos,Irmãos, Tios e Primos, Cunhados, Sobrinhos e Netos.Também há um Genro e Noras.
É lógico que havendo uma Avó, também há uma Sogra.
Gosto muito da minha família porque "ajuntamo-nos" muitas vezes e "quase" sempre para nos sentarmos ao redor de uma mesa. Gostamos, quase todos, muito de comer.
Porque somos Oliveiras, não sei se por temos genes oriundos dos Romanos, apreciamos muito os repastos. Gostamos muito de falar alto, a confusão por vezes é generalizada porque cada um de nós gosta de vincar muito bem o seu ponto de vista.
Discutimos e debatemos todos os temas comuns da actualidade. Há palpites para todos os paladares.
Gosto muito da minha família porque, havendo diferenças e discordâncias, sempre nos unimos quando as circunstâncias o exigem.
Somos multi-profissionais: Temos doutores, professores, engenheiros,mecánicos, músicos, motoristas e parasitas e ainda há um vendedeiro. A Avó já está jubilada.
Também somos multi-culturais: Uns lêem muito, outros não lêem nada; uns escrevem no blog; outros nem o blog lêem; há quem toque gaita e também há quem assobie para o lado.
Recentemente adquirimos para a família um novo elemento de tez achocolatada.
Foi muito bem recebido e também se integrou bem no conçórcio.
Esta família de quem eu gosto, está muito feliz.
Esta noite jogam Porto e Benfica; espero que no final toda a família fique satisfeita.
Na minha família só existem adeptos destas duas instituições.
Felicidades a todos.
Tio João .

OBS; depois de corrigida e revista esta redacção, foi-me atribuída a nota 26

domingo, 13 de setembro de 2009

Oliveiras nas mudanças

Foi um domingo em cheio! Ou melhor... um domingo arrasador!

Feita a chamada, os primos responderam literalmente em força!
Eu precisei de ajuda na mudança de casa e a malta não virou a cara ao esforço. Ivo, Eduardo, Paula, Tiago e Filipe foram incansáveis na complicada transição de um T1 apertado e atolhado de tralha para um T3 arejado, mas que entretanto se transformou num acampamento cigano. Uma imagem linda esta dos jovens Oliveira a fazerem viagens numa carrinha que bem poderia fazer parte da feira do Cerco. Os domingueiros tomaram-nos por loucos do asfalto.


Hoje, uns demonstraram talento no dito "alombamento", enquanto "outro" mostrou talento na montagem Lego inventado pelo Ikea. Entretanto, ontem, o Ivo e eu batemos recordes na referida loja. Explicando: comprámos sofá, móveis da sala, do quarto e do escritório em duas horas; depois conseguimos carregar a carrinha, ir a Rio Tinto e voltar ao ponto de partida, já com o depósito reposto, em uma hora! Ivo, esquecemo-nos foi de um móvel e enganámo-nos na medida de um dos estrados, o que resulta, para já, numa cama com um lado género cratera. Ah... também partimos umas lâmpadas (ninguém viu).

Depois do atarefado dia de domingo, ainda houve trabalho extra para alguns... Deve ter sido giro... O sofá a ser levado escadas acima em São Vítor.

É verdade, as mães e a avó ajudaram na reposição das energias.

Bem... chega de "patois". O meu muito obrigado a todos o que ajudaram. Não sei como agradecer, mas prometo que vou tentar. (Tiago, esquece as massagens!)

Que grande Família esta! E forte também!

P.S. Há uma foto, mas como não sei onde estão os cabos de coisa alguma, - aliás, nem as minhas cuecas -, vai ter que ficar para mais tarde.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

E Setembro chegou!

Estamos em Setembro, que é um mês rico em datas importantes na família. Começo por dar os parabéns ao casal Oliveira do Candal que amanhã completa mais um aniversário de casamento.
Mas para o ano há mais um aniversário para comemorar que é o dia 5, porque foi o dia de esquecer o que se passou há uns anos atrás entre mim e o João.
Fátima

domingo, 6 de setembro de 2009

Oliveira na terra das oliveiras

Dizem os livros que a cidade de Atenas herdou esse nome em forma de homenagem à sua deusa Athena, deusa da sabedoria, do ofício, da inteligência e da guerra justa. Athena brindou a cidade com um ramo de oliveira, derrotando assim os seu rival, Posoidon, deus do mar, cujo presente havia sido um jarro com água do mar. As oliveiras proliferam por toda Atenas e trouxeram à cidade a prosperidade e a riqueza que a história testemunha.

Dia 12 de Agosto apanho o avião para me dirigir a Atenas e poder apreciar bem de perto o que há uns anos atrás negligenciei nos livros de História de Arte.

A aproximação à pista faz-se pelo Mediterrâneo com uma breve passagem pela região grega do Polepponeso; ao passo que Atenas fica para trás e a altitude diminui, fico com a sensação de que vamos aterrar num olival, mas o alcatrão lá aparece e o “touch down” é quase perfeito.

De autocarro pela cidade dentro, as primeiras impressões não são as esperadas para uma capital europeia que aderiu à CEE ao mesmo tempo que o nosso querido Portugal. Atenas é suja, com muito pó, o aglomerado de edifícios estende-se de forma desmesurado; nunca lá estive, mas fiquei com a impressão de que estava em Telavive ou Bagdade. Passava quase uma hora após termos apanhado o autocarro, lá chegamos ao centro, a Syntagma para ser mais preciso, uma praça rectangular onde uma aresta é preenchida pelo Parlamento grego. Olho em redor enquanto tiro do bolso um mapa da cidade, localizo-me, localizo o hostel; 3 paragens de metro de distância, temos tempo, seguimos a pé com os trolleys à mão e mochilas às costas. À medida que nos afastamos do centro, o cenário degrada-se e desagrada. Os toldos verdes dos varandins e os edifícios mal conservados aparecem como se de uma mudança de cena se tratasse. Não vejo um risco no chão, não vejo uma passadeira, a confusão do trânsito é caótica, mas mesmo assim o cantar das cigarras sobrepõe-se a tudo o que é audível. Estamos em Omonia, faltam cerca de 500 metros, os 500 metros mais melindrados da nossa passagem nas terras de Sócrates (o antigo). Pareceu-me estar em Lisboa, no Martim Moniz, muitos emigrantes africanos, árabes e outros falam alto, rixam, olha-nos como uma oportunidade, cada rosto é uma potencial ameaça, passa por nós um individuo com a cara recentemente amassada. Não há passadeira mas atravessamos com cuidados mínimos no vermelho, o passo apressado leva-nos rápido ao nosso porto de abrigo.

A exploração de Atenas começou logo que nos livramos da bagagem, seguimos de metro direitos à Acrópole e subimos ao monte Philloppapos, mesmo em frente à Acrópole. Do sopé ao cume são 15 minutos; o cenário arrepia pela monumentalidade da arquitectura com mais de 2500 anos, o que há uns anos ilustrava o livro de História de Arte está ali, à minha frente. O Parténon, o Erecteion e o templo de Athena Nike. No dia seguinte seguimos então à Acrópole propriamente dita, o Teatro de Dionísio é o monumento que nos recebe ainda antes da pequena subida. A vista sobre a cidade não impressiona, continuam os toldos verdes, agora espalhados em forma de pontos por toda Atenas. Algo moderno, moderníssimo, é o novo museu da Acrópole, localizado, claro está, mesmo no sopé da mesma. €1 é muito pouco para o tanto que lá vimos. O tanto que lá vi, presumo eu que os livros também me mostraram, mas lá eu não vi. Os estilos dórico, jónico e corinto fazem agora todo o sentido.

Os nossos três dias em Atenas foram demasiados dias em Atenas. Atenas vale pelo espólio artístico e histórico que alberga e pelos pitorescos bairros de Plaka e Monastiraki onde, com uma sensação bem mais agradável e acolhedora de que a que quando fomos recebidos, podemos escolher um dos muitos restaurantes e apreciar uma Moussaka (uma espécie de empadão mas bem melhor) ou um Baclavá (sobremesa de massa folhada com mel e frutos secos), ou então percorrer as ruas de mercado e comércio onde encontramos Ray-Ban, Valentino, Gucci, Hilfiger, tudo a 10 euros sem a preocupação da veracidade da coisa ou se a ASAE vem aí para fiscalizar.

Seguiu-se Creta, uma viagem de ferry de 7 horas (300Km’s) serviu para relaxar, contemplar a companhia, o mar e o pôr-do-sol no mar Egeu. Viajo no varandim com a máquina fotográfica em punho, deixo para trás as Cíclades, que com muita pena não pudemos visitar. Heraklion, capital cretense, surge já no breu com um aglomerado de luzes no horizonte.

Já desembarcados, apanhamos um táxi com direito a prevaricar duplos traços-continuos e ultrapassagens pela berma (nunca mais me queixo dos condutores portugueses). Um quarto de hora depois estávamos em Piskopiano, pitoresca vila situada na encosta da pequena cidade de Hersonissos. Lá nos esperava o Dolce Fare Niente, com direito a 40ºc, piscina e espreguiçadeira com o mediterrâneo em pano de fundo. Por incrível que pareça, não demos um mergulho no mediterrâneo, a praia era demasiado curta e ocupada com esplanadas e restaurantes, além do que, nas horas mais proveitosas encontravam-se repletas de turistas com o mesmo objectivo que o nosso, com a diferença de que nós não o alcançámos, mas também não nos importamos, o Dolce Fare Niente esperava por nós, e 5 dias de Dolce Fare Niente em Piskopiano não se trocam por uma hora que seja a lutar por um lugar na areia.

Como não há bela sem senão, o dissabor veio no fim, entre apanhar o ferry de volta a Atenas, autocarro, metro e novamente autocarro até ao aeroporto, e mesmo continuando sem saber porquê, perdemos o avião que nos iria trazer de volta ao Porto. Dia extra em Atenas num quarto caríssimo onde com os braços abertos podíamos tocar as extremidades. Chagamos ao Porto no dia seguinte.

Para ilustrar a passagem de um Oliveira na terra das oliveiras, preparei um vídeo que espero que faça chegar até vós uma pequena parte que seja da minha aventura por terras socretinianas (o antigo).

Férias Grécia 2009 from Filipe Oliveira on Vimeo.

Abreijos

Lipinhu

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

... e nós fomos pelo país abaixo!

O clã São Roque/Rio Tinto rumou ao Algarve e passou uns belos - mas curtos - dias ao sol. Muito mar e muita piscina fizeram as delícías do Oliveira mais novo, que se revelou um nadador de aprendizagem rápida.

Voltámos via Mouraria, mais concretamente, Jardim Zoológico, onde o espactáculo de leões-marinhos e golfinhos fez as delícias de todos.

Sandra

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Passeio rio a cima.. :D

Era dia 18 do corrente mês, e a família Oliveira mais uma vez se juntava.

Passava pouco das seis e meia da manhã, quando ao primeiro local de encontro chegou a Família Oliveira (secção de Vila Nova de Gaia), foi na bomba da área de serviço de Águas Santas e já estavam lá presentes a secção de Lisboa, bem como a representação da família secção da Vitória, depois de uma brevíssima conversa, retomamos a viagem rumo à Régua, local onde íamos reunir com os restantes membros da família (secção de Vila Nova da Telha \ Penedono).

Chegados todos e cada um com o seu equipamento, diga-se apetrechados com máquinas de filmar e fotografar, lá iniciamos a viagem rumo ao barco que nos iria levar rio a cima numa maravilhosa viagem, onde se pode desfrutar os cheiros, e as vistas esplêndidas que o rio nos tem a mostrar.

Começamos com o pequeno-almoço, servido ainda quando o barco estava atracado, começando ele depois a mover-se em direcção a Barca de Alva. Como uma normal e tradicional família portuguesa, a qual a nossa não escapa, deixamo-nos a tomar o pequeno-almoço, enquanto trocávamos as primeiras impressões sobre a viagem. Enquanto isto, o resto do pessoal apreçou-se a ir para o andar de cima para terem direito a cadeira, ora quando nós chegamos, não havia cadeiras para nós, mas como somos todos espertos, fizemos como sabíamos e esperamos que o pessoal as largasse para que pudéssemo-nos apoderar das mesmas. Não demorou muito até que tivéssemos duas ou três cadeiras para podermos alapar o cu e descansarmos à vez.

Findada a viagem de barco, que decorreu sob um imenso calor, tivemos ainda uma curta viagem de camioneta ate à estação de quimbóio, onde tivemos de aguardar 40 min pelo mesmo, pois o barco andou rápido demais.

Assim que se avistou o quimbóio ao longe começou a agitação para ver onde seria o melhor lugar para nos sentarmos, o tio Nando disse:

-Do lado esquerdo é que é bom!

- deve ser melhor do lado direito! Respondeu o primo Tiago.

Com isto uns ficaram de um lado e outros do outro. O primo Tiago fez o favor de repetir várias vezes ao tio Nando em modo de gozo:

-Então nesse lugar a vista é boa??

Lol.. pois primeiro tínhamos rio do lado esquerdo e por fim do lado direito, uma vez que o quimbóio atravessava o rio.

Para finalizar este dia de passeio, terminamos como habitual na nossa família, à mesa, comendo uma bom manjar para recuperar as forças perdidas com a viagem...

Tenho a dizer que adorei mais uma passeio com a família, um mês depois de se ter realizado a fantástica, maravilhosa, estupenda corrida de kart, na qual diga-se que eu ganhei. :D

Beijinhos e abraços para toda a família e até breve…

Futuro Eng. Ivo Oliveira.


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Um dia diferente

Na passada segunda-feira tivemos uma agradável companhia do Nelson durante todo o dia.
Logo que chegou pela manhã devorou uma tigela de chocapic com leite.
Depois fomos ao condomínio de Oliveira do Douro para fazer a limpeza.
Enquanto realizavamos a tarefa, o Nelson andou entretido de um lado para o outro, sempre bem disposto e a fazer perguntas sobre os mais variados temas.
Quando acabamos, fomos tratar de um jardim. Aqui, ajudou a varrer e apanhar a ramagem cortada, bem como as folhas velhas. Por este serviço ganhou uma moeda, que mal chegou a casa, colocou no mealheiro. Ao almoço comeu batatas com peixe cozido e bisou.

Logo após o almoço foi convidado pelo tio a uma soneca, o que para espanto nosso aceitou! Para não ficar um a rir e outro a chorar ambos ressonamos. Como combinado, fomos até ao Parque de S.Roque, onde jogamos ténis e futebol. O rapaz correu, saltou, chutou, rolou.
Quando se deu por terminada esta sessão estava completamente cansado.

Ainda passamos no Bairro da PSP, onde lhe mostrei onde eu tinha brincado e algumas coisas que fazíamos, os tios e eu. Acabou por me desafiar a saltar o espaço das escadas (largura) de acesso ao bloco, um brincadeira antiga, o que fiz.
Depois de um banho retemperador eis que chega à mesa e, ao verificar os talheres exclamou: "Outra vez peixe!!!"
Mas uma surpresa ainda o esperava! Um amigo que veio jantar connosco ofereceu-lhe um equipamento do FCP, o da nova época. Foi o delírio total!!!
Terminada a refeição lá foi, bem disposto, para vale de lençóis, na casa da Sandra.
Tio Américo

sábado, 15 de agosto de 2009

O aniversário da Lili


A convite do ilustre Director deste periódico, mas já um pouco distante do humilde acontecimento, vou então descrever o dia 4 de Julho de 2009.
Nesse dia estival, despertei suavemente num leito que não era o meu e, por instantes, senti-me naquele vácuo de pensamento em relação ao onde e quando, até que fui de facto acordada pelo doce beijo de parabéns do meu João Coração de Leão.
Com os sentidos mais espevitados, apercebi-me, através da janela, que na rua o ambiente era festivo. Nada tinha a ver com o meu aniversário, é claro, mas foi de facto agradável acordar não ao som de “arraial e foguetes no ar” como quando o rei fez anos, mas havia sim a música de tambores e gaita de foles, a melodia dos pregões dos feirantes medievais, o ruído cadenciado dos cascos de burro dos aguadeiros…


Ah, pois! Hoje é a feira medieval cá do burgo! Que agradável despertar! Ainda por cima o tempo estava convidativo a participar no evento. Ala, moleiro, que se faz tarde! Lençóis para trás e aí vou eu em direcção à cozinha, passando primeiramente pela casa de banho, que assim recomendam as regras de higiene.
Aí (na cozinha) continuei a receber os parabéns dos presentes e também dos ausentes, via telefone. A minha mãe, cuja memória se assemelha ao bruxulear de uma vela, teve de ser lembrada quanto ao evento e, quando questionada sobre a minha idade, respondeu que eu fazia 80 anos, para logo de seguida dizer “ estás bem, tu não envelheces”. Brincámos com a situação para não cairmos em tristezas. Na verdade, a companhia da minha mãe teve um enorme significado neste dia. Apesar da fragilidade em que vive, continuo a ver nela uma força que me protege, uma amiga incondicional, um cordão umbilical que nunca falhará.
Depois, uma voltinha pelo recinto da feira atapetado de giestas e de palha para a recepção ao rei D. João I e seu séquito. Cumprimentos aos conhecidos, uma conversa aqui outra acolá, até que chegou a hora do almoço. Aí a minha mana esmerou-se preparando um suculento cabritinho comprado directamente ao produtor acompanhado do divinal sumo da Bairrada e rematado com um bolo de laranja deliciosamente fresco e húmido, também da sua lavra.
Depois do café, mais uma voltinha pela feira, agora mais animada, pois os forasteiros tinham subido ao burgo.
Os saltimbancos mostravam suas destrezas, ovacionados pela arraia miúda e pelos nobres, que se passeavam em grande pompa. Um pobre condenado era trucidado pela guilhotina. Duas bailarinas contorciam-se em movimentos de sereias e a dança do ventre viajara através destas duas odaliscas saídas de uma qualquer tenda de um sultão de Marrakesh. A música sibilina contagiava os circunstantes e olhos gulosos devoravam aquelas peles curtidas de tanto sol mediterrânico.
Dentro do mesmo clima escaldante, éramos convidados a entrar na tenda onde os utensílios e variedade de chás esperavam por nós, sobre tapetes persas e pufs aveludados.
As tendinhas alinhavam-se ao longo da avenida principal e desde o artesanato ( onde o Tio João comprou umas fisgas para o chocolate), passando pelos produtos agrícolas, pelos chás e licores para todas as maleitas, vindas directamente da terra do Padre Fontes , ofereciam-se aos nossos olhos e ao nosso olfacto e, ainda, o odor a pão, a filhós, a biscoitos, a cavacas, a fogaças, a um nunca mais acabar de doces iguarias.

Alto aí! O rei está a chegar! O castelo altaneiro engalanado a preceito exibe seus estandartes. Um som de trombeta anuncia a chegada real. Sua Majestade sobe os degraus do pelourinho e segue-se um espectáculo: trata-se de um torneio de armas, primeiro a pedantes e depois a cavalo. Sobressai uma figura feminina com músculos rijos, D. Mumadona, que aniquila retumbantemente o feroz contendor.


Entretanto ouvia-se a voz majestosamente potente de um D. João palavroso e mal educado: “retirai-vos para vosso canto, mal cheirosos fedelhos!”; “ afastai vossos cagueiros das cordas!”… e mais disse, mas mulher (mesmo plebeia) que se preze não o deve repetir…
O clímax atingiu-se quando os valorosos penedonenses medievais conseguiram expulsar do castelo os castelhanos malditos que dele se tinham apoderado.
E foi assim viajando na máquina do tempo até à Idade Média que decorreram os meus 58 verões, data em que muito mais se passou, mas, não querendo massacrar os possíveis leitores, por aqui me fico.
Tia Lili

Férias e Baco

A viagem decorria com tranquilidade.
Passado o alto de Quintela, abre-se diante dos meus olhos um rasgo natural de deslumbre.
A abóbada celestial como que envolve aquelas montanhas das terras do Eça. Ao fundo o imponente Douro rasga a rocha, ladeado por vinhedos socalqueados horizonte acima.
Na capital vinhateira o sol castiga com uns impiedosos 40º de temperatura.
Estou de férias, por isso, continuo despreocupado, apreciando aqui e ali, pormenores que embora já conhecidos, são sempre entusiasmantes, fascinam-me sempre como se de uma primeira vez se tratasse.
Eu disse que estou de férias; todavia, estas são as férias menos desejadas de sempre. A cabeça não pára e o pensamento, inconcientemente, retoma a realidade. O contexto, o estado a que chegou a deprimente e degradante situação da nossa Nação, as enormes dificuldades com que nos deparamos, a falta de soluções e de propostas capazes de alterar radicalmente a nossa sociedade e, sobretudo, a desresponsabilização de quem deveria responder por actos de ilegalidade e corrupção, deixam-me sem vontade de estar de férias; vivo num País de ilusão. Mas não tenho ilusões.
Estava eu absorvido nestes pensamentos e já percorridos uns quantos Kms mais, eis que a metereologia me surpreende; o azul do céu foi substituido pelo cinza escuro e rapidamente a tormenta desaba, também ela recheada de todos os seus componentes: vento forte, chuva e granizo. A temperatura, essa, mantém-se elevada.
Serpenteando serro acima, em direcção à Pesqueira, o fantástico da paisagem aumenta o prazer do ego. Aclaro ideias, afinal estou de férias.
Atravesso uma aldeia recheada de homens, muitos homens, uns em pé, outros sentados. Em comum todos tinham na mão uma "MINE".
Faz-se luz na minha mente, afinal estou de férias e estou também em terras de vinhedos e de bons néctares.
Baco vai com certeza abençoar estas férias.
Louvado seja este deus.
Penedono, 15/08/09 12,02
Tio João

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Bom dia.
Fui com grande alegria e emoção que aceitei o convite do sobrinho Eduardo Oliveira, por ocasião do seu 29º Aniversário, para participar no “Le Mans Series”, circuito do Cabo do Mundo.
Para concorrer, deram-me uma máquina de ferros torcidos e dobrados, com um motor de rega, a que chamam “Kart”, onde o piloto vai a limpar com os fundilhos o alcatrão da pista, mas que não possui espelhos retrovisores.
Nas voltas de aquecimento e definição da grelha de partida, tirei o honroso Último Lugar, nada mau para um debutante. No arranque por incrível que pareça, não estorvei ninguém!
A competição foi renhida e muito emotiva atendendo ao nível dos pilotos em prova: Ivo Oliveira, o piloto do Team Candal, que actualmente comanda o “Le Mans Series”, colocando a
concorrência a grande distância .
Álvaro Santos, a revelação da presente temporada, ao serviço do Team Santos Sport Kart.
Conclui a prova com vontade de repetir e melhorar a minha prestação.
A comemoração terminou com repasto na casa dos pais do aniversariante e o respectivo tchim tchim de parabéns.
Américo

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Revista de imprensa - versão Candal

Bom dia,

Sabendo que há fontes e fontes e algumas facciosas fiz a m/própria pesquisa, e dada a dimensão do evento, houve uma grande repercussão na imprensa internacional, da qual destaco:

The Athens News
Για να σηματοδοτήσει τη μετάβαση από μια άλλη επέτειο από το αγόρι Eduardo Oliveira, σήμερα 29 ετών, πήρε την 1η. Διεθνή στοιχεία (που επίσης συμμετείχε στην Mouraria κατοίκους) στο Κέιπ autodrome World - Leça da Palmeira. Πώς θα χρησιμοποιηθούν για την οργάνωση, που είναι επιφορτισμένο με τη λαμπρή του Fernando Oliveira, Γενέθλια πατέρας από το δρόμο, ήταν άψογη, ιδίως σε σχέση με τη μεταγενέστερη γεύμα. Η παρουσία των δημοφιλές σχήμα του γυναίκα αρχηγός οικογένειας ή φυλής της οικογένειας, Δ. Delmira Oliveira Fernandes, έδωσε την περίπτωση που ένα magestade ότι απαιτούνται. Τώρα περιμένει με ανυπομονησία την επόμενη μεγάλη αγωνία οργάνωση που θα επωφεληθούν από την οικογένεια του καπέλο.

The Jerusalém Post
כדי לציין את יום השנה מעבר אחר של הילד אדוארדו Oliveira, כיום בן 29, הוצאתי את זה 1. הבינלאומי ראיות (השתתפו גם תושבים Mouraria) ב קייפ autodrome העולם - Leça da Palmeira. איך נהגנו הארגון, האחראי על מהולל פרננדו Oliveira, אבא יום הולדת דרך אגב, היה ללא דופי, במיוחד בהקשר של הארוחה שלאחר מכן. נוכחות של הדמות הפופולרית של אם בני המשפחה, ד Delmira Oliveira Fernandes, נתן את האירוע א magestade שזה נחוץ. עכשיו מחכה, עם כמה חוסר סבלנות הבא יהיה לטובת הארגון, כי בני המשפחה של הכובע.

Pravda - Moscovo
Для отметки о прохождении другого годовщина мальчика Эдуардо Оливейра, сейчас 29 лет, он вынул 1. Международный опыт (участвовала также в Mouraria жителей), в Кабо-autodrome мир - да Leça Палмейра. Как мы раньше организация, отвечающая за выдающийся Фернанда Оливейра, отец рождения, кстати, был безупречным, особенно в связи с последующими еды. Присутствие популярной фигурой в matriarch в семье, Д. Delmira Оливейра Фернандиш, дали события в magestade, что требуется. Теперь ждет с нетерпением хотят следующей организации, которая будет на пользу семье шляпе.

The Japan Time on Line
現在29歳の少年の別の記念日をエドゥアルドオリベイラの通過をマークするには、第1回を取り出した。国際的な証拠( Mouraria 住民も)岬自動車レースサーキット世界に参加-ルカダ Palmeira 。 どのように組織化するには、輝かしいフェルナンドオリベイラは、父親の誕生日な方法で、担当して使用すると、その後の食事との関連を中心に完璧だった。 家族の女性リーダーの人気のある人物の存在、 D. Delmira オリベイラフェルナンデス、イベントが必要な magestade した。 さて、熱心な焦りは、帽子の家族の利益になる、次の組織をお待ちしています。


Fernando
7 de Agosto de 2009

Revista de imprensa internacional

Carissímo novo Director do Jornal Caserna dos Oliveiras

V.Exa, Ivo Oliveira, trouxe de facto sangue novo a um jornal que há muito precisava de uma lufada de ar fresco, quiçá mesmo, uma valente corrente de ar capaz de renovar e, sobretudo, modernizar a versão On line deste prestigiado periódico.

Neste contexto aproveito para lhe desejar as maiores felicidades para a missão que o espera. No entanto, não resisto a fazer uma pequena reclamação (afinal sou português). Dê um pouco de atenção à imprensa internacional. Esta repara em pormenores que escaparam aos ilustres jornalistas desta familia. Deixo aqui alguns exemplos...embora havendo muitos mais, não deixam de ser significativos:

"Sicuramente Alvaro Santis correrà per vincere, come fa sempre in Cabo del Mundo del resto, ma temo ormai che il campionato Del Olivieri di quest'anno non sia più alla nostra portata".
La Gazetta dello Sport

Interrogé par le magazine allemand Motorsport aktuell sur le futur calendrier 2010, Eduard Oliveirra a estimé que la Kart pourrait faire son retour au Cabo du Monde, à cause de la fantastic participation de son Oncle Álvarro. «En 2010, on retournera au Cabo du Monde, je sais que tout le monde dans le milieu de la Kart aime ce Grand Prix et la condution spectculaire de mon oncle Santos à vivre en Lisbonne mais toujours present dans toutes les fêtes du calendrier», a expliqué le gérant de la introduction de la discipline en la famile Oliveirra.
L'Equipe


El portugés Álvaro Santoz, del equipo Santos Sport Kart, se enfrenta a una sanción por haber excedido los límites de velocidad en una carretera del Cabo del Mundo de Matozinhos, Portugal.
La agencia de noticias británica 'Press Association' informa de que el dueño de la escudería portuguéza podría incluso perder el carné de conducir.
El jefe de Santos Sport Kart conducía el pasado 18 de Julio un Kart Motor-Rega a una velocidad de 184 kilómetros por hora en una carretera de Cabo del Miundo, en el condado de Matozinhos, donde el límite de velocidad de Ivo Olivéra se fija en 110.
Marca

Alwarro Sawtoz erstmals am 18 Jule in Cabo der Mundo, Matoschinen, im Kart Wagen Volks Platz nehmen. Die beantragte Sondergenehmigung zum Testen scheiterte an Eduard Oliweira, der berechtigte Gründe anführte. Nawdo Oliweira Gute Nachrichten gibt es hingegen von Iwo Oliweire, Duwart Oliweira der mit einem Privatjet in seiner Heimat portegueisen Juaw Oliweira eingetroffen ist.
Die Welt

The Paris Hilton dream.
The party-mad socialite dressed down for a trip to Cabo of Mundo to see Al Varo fabolous Kart driver, her recent dream.
Breaking her habit of exposing her legs, arms and chest of a public outing, Paris was in unusually shy spirits as she chatted on her phone en route to her appointment in Cabo of Mundo Mathozynhos.
the Sun

Álvaro
5 de Agosto de 2009

Ressalva

O facto a noticiar é a presença da família Oliveira em mais um evento familiar. Desta feita, no dia 18 de Julho de 2009, a Familia Oliveira juntou-se para celebrar o 29º aniversario do seu ilustre membro Eduardo Oliveira.

Para celebrar o seu aniversário juntou Família, candidatos a família, e Amigos, numa memorável, corrida de karts, seguida de um manjar familiar, e um magnífico e saboroso bolo de aniversário.No final os factos merecíeis de serem relatados foram, que todos se divertiram imenso, quer os que correram, quer os que foram para observar. Quem ganhou não importa, apesar de ter sido Eu Ivo Oliveira, mas o que importa e que mais uma vez a família aderiu e participou em massa no evento, sendo só assim possível vivermos momentos familiares únicos e para mais tarde recordarmos, espero que se repita esta adesão em futuros eventos, pois são estes eventos que fazem uma família ser, UMA GRANDE FAMILIA.

A entrevista ao vencedor

Já depois da corrida chegamos a conversa com o piloto Ivo Oliveira, entrevista exclusiva que apresentamos agora:

R: Que tal foi ficar em primeiro?
P: Bem já estou habituado a estas andanças, já tenho ganho algumas provas, mas fico muito feliz com mais esta vitória.
R: Como lhe correu a prova?
P: Bem penso que correu bem, afinal de contas fiquei em primeiro (obvio), mas tive algumas dificuldades durante a prova, não consegui ser sucedido na qualificação devido aos pilotos que seguiam a minha frente e não saíram da frente, mas depois consegui partir bem, e ganhar logo várias posições, e ao fim da primeira volta já estava em 4 lugar, depois foi só esperar que os outros pilotos errassem e eu pudesse ultrapassa-los.
R: Que comentários faz a critica de alguns pilotos que dizem que o seu carro andava mais??
P: Pois tenho a dizer que isso e verdade. É verdade pois eu tinha falado com os meus mecânicos e as ultimas afinações resultaram na perfeição. Mas também uma das principais razoes e que contam sempre para este caso e que o piloto, eu, era muito experiente e ganhava tempo em todas as curvas bem executadas.
R: Dedicou esta vitória a alguém?
P: Sim, dediquei a toda a minha família, principalmente a minha namorada, e ao meu irmão que fazia anos nesse dia.

Cabo do Mundo - Le Mans Series

No passado dia 18 do mês de Julho foi disputada mais uma prova pertencente à Le Mans series.

Esta aconteceu no autódromo do Cabo do Mundo, pelas 18 horas. Começou por uma pequena qualificação em que outro piloto português, neste caso Duarte Oliveira, conseguiu conquistar a pole, depois de uma excelente volta concluída em apenas 1:01,475.
Formada a grelha de partida, e após os pilotos conferenciarem com os mecânicos e acertarem as últimas afinações nos carros, todos partiram, sendo que no final da primeira curva já tinham havido algumas ultrapassagens, e alguns toques, não havendo no entanto nenhum despiste.
Antes da conclusão da primeira volta houve na quarta curva um pequeno arrufo que levou o estreante Joao Oliveira Jr. para fora da estrada, não tendo no entanto consequências graves para o piloto, nem a necessidade da entrada do pace-car em pista, sendo rapidamente restabelecido o carro em pista e retomando assim este piloto a corrida, terminando em 14º lugar, diga-se que não é nada mau para um estreante nestas andanças.
O resto da corrida decorreu dentro dos parâmetros normais, sendo de registar os inúmeros despistes dos pilotos devido a sujidade da pista e a chuva intensa que se fez sentir durante a prova.
Quase todos os pilotos chegaram ao final, sendo que houve a desistência da piloto Mariana Lima Silva, acontecendo esta, por problemas mecânicos com o seu monolugar numa altura em que a piloto de Rebordosa e aspirante a membro da Família Oliveira seguia no 10º posto da geral e estava a ganhar tempo ao 9º classificado, estávamos nós a 5 voltas do final da corrida.
A corrida terminou com o piloto internacional Ivo Oliveira em primeiro lugar, e a liderar com uma confortável vantagem sobre o segundo classificado Tiago Oliveira, sendo que o pódio ficou então concluído com José Araújo em terceiro.
De salientar era o elevado número de espectadores presentes para ver a prova e aplaudir os diversos concorrentes.
Ivo

Pipe nos Açores

Olá Família!

Pois é, no seio desta família, ainda há bem pouco tempo havia quem jurasse a pés juntos que aqui o PIPE tinha medo de andar de avião.
Desde Dezembro de 2008 até à data o PIPE já conta com 10 descolagens e aterragens (com transfers incluídos é certo)… Podem dizer “lá tomou o gosto”.

Desta última vez rumei até aos Açores (Angra do Heroísmo, Terceira) para conhecer um pouco do nosso património e também rever uns amigos e amigas dos tempos de faculdade.
A razão deste e-mail, se é que necessária alguma razão, é porque simplesmente gostaria de partilhar convosco as magnificas paisagens que aquelas vacas vêem todos os santos dias. Sortudas, mas fiquem elas com a sorte, porque para mim é tudo “tanto lindo” mas só por dois ou três dias, até aparecer o “tédio”; o síndrome do continental. Os Terceirences andavam todos excitados porque vai abrir uma loja nova… UAUUUU. Ok, esta loja é a 5áSec! Percebem-me???

Vejam lá então as fotos que disponibilizei onelaine!!!

PIPE

23 de Julho de 2009

PS – Lá pelo meio há uma breve referência a um trilho pedestre pelo Monte Brasil (Angra do Heroísmo). Quem lá quiser ir que vá, eu empresto as botas com o percurso decorado!!! :)

A Audaz e Brava Vovó

A saga continua, a família Oliveira enfrenta mais um desafio. Desta vez os Oliveiras enfrentam a sua mais difícil e audaciosa aventura até à data. O percurso é traiçoeiro com vários desafios e perigos, o que em nada desanima esta família que procura aventura e adrenalina. Guiados pelo experiente e conhecedor de todos os trilhos da serra, Fernando Oliveira, pusemo-nos em marcha confiantes, abismados pela incrível beleza natural que nos rodeia. Os fotógrafos amadores que integram esta expedição faziam os possíveis, e os impossíveis, para realizar a difícil tarefa de capturar a essência do lugar nas objectivas das suas máquinas fotográficas. Continuamos a caminhar, sentimos o peso das nossas mochilas a aumentar, o suor a escorrer cada vez mais pelas nossas caras já coradas de esforço, começamos a interrogar-nos, “Quanto faltará?”, “ Será que iremos parar?”, “chegar ao fim?”. Tentamos pensar positivo, apreciar a paisagem para esquecer o cansaço, abstrairmo-nos dos problemas do nosso dia-a-dia citadino, problemas que não parecem fazer parte do lugar mágico e fantástico onde nos encontramos.

Ó não! Um rio, bem mais fundo do que o da última vez. Sem pedregulhos suficientemente grandes para podermos realizar a travessia. Que fazer? Ideias não faltam. Descalçar as botas e as meias para atravessar, parece ser a mais simples no entanto os fotógrafos não querem arriscar as suas máquinas topo de gama. Que fazer? O dever chama-o e o nosso bombeiro responde ao chamamento, resolve construir uma ponte. O seu pai dá-lhe indicações, pode não ser engenheiro mas está habituado a fazer avaliações de risco. Quando considera a ponte segura e apta para cumprir a sua função (apesar de não se arriscar a fazer-lhe um seguro) ordena a travessia.
O obstáculo estava passado e já nos tinha feito perder tempo precioso, agora era preciso continuar, acelerar o passo, não havia tempo a perder, havia um suculento cabrito á espera. Continuamos confiantes porque se já tínhamos ultrapassado este difícil desafio já nada nos podia impedir de alcançar o nosso objectivo. Aquela pequena capelinha branca lá no cume da montanha, cada vez parecia mais perto, dando-nos motivação para continuar. Decidimos parar para restabelecer forças e comer as merendas, que já começavam a pesar bastante. As fatias de bola desapareciam ainda mais depressa do que na noite antes da partida quando nos reunimos na casa da vovó Mimí. Com as mochilas mais leves e vazias seguimos caminho. Já faltava pouco para chegar. Seguimos as mariolas, subimos as escadas irregulares e escorregadias, devido ao musgo molhado, e o nosso objectivo, aquele pelo qual lutamos arduamente ultrapassando os nossos limites, estava ali mesmo a nossa frente. Uma sensação indescritível começa a apoderar-se do nosso corpo. Esquecemos tudo, o cansaço, os problemas, parece que o tempo pára e uma mistura de sensações invade-nos, alegria, prazer, realização e outras.

Paramos, os fotógrafos aproveitam e fotografam a paisagem. Dum lado serra sem nenhuma marca humana, do outro uma pequena povoação que vive na tranquilidade da serra longe da agitação, do ar poluído, do ruído e de todos os problemas das grandes cidades.
Aproveitamos para pôr a conversa em dia, falamos do cabrito que nos espera, do popular programa do Discovery sobre sobrevivência e de outros assuntos.
Com a sensação de dever cumprido, iniciamos a descida. O percurso já não é desconhecido mas agora é a descer, qualquer pé mal apoiado, qualquer deslize pode significar um pé torcido, uma perna partida, ou na pior das circunstâncias a morte.
Encontramos um grupo que está a fazer o mesmo percurso e até a usar a nossa ponte. Resolvemos reforçá-la com as pedras que cada um agarrou no caminho. Quem sabe possa vir a ser usada por mais alguém.

O cansaço é maior, mas continuamos confiantes, afinal já conhecemos o percurso e se conseguimos ir também conseguimos voltar. Paramos mais uma vez para comer as merendas que sobraram.
Estamos de volta! Encontramo-nos com os que ficaram para trás e vamos para o restaurante.
Depois de almoço o organizador propõe outra caminhada. Desta vez todos participam, até a vovó Mimi. Com a coragem que a caracteriza, a vovó Mimi pôs-se a caminho, andou por terreno irregular até chegar ao passadiço de madeira. Toda a gente a aconselhava a parar, mas a vovó Mimi continuava. Após várias paragens chegou ao objectivo. Aí descansou e contemplou a bela da cascata, depois iniciou a subida. Apesar de todos os seus problemas de saúde parecia estar bem. De vez em quando parava após muita insistência dos que a acompanhavam. Chegou ao fim exausta, mas com o objectivo cumprido. Deu-nos a prova da sua coragem e determinação. Pois a vovó Mimi quando está motivada nada a pode parar, não há desafios impossíveis para esta audaz e brava vovó.


João (o primo)
14 de Julho de 2009