sábado, 26 de setembro de 2009

Ano Lectivo 2009/10

Redação

A Família

Eu gosto muito da minha família.
Na minha família há uma Avó, Mães,Pais,Filhos,Irmãos, Tios e Primos, Cunhados, Sobrinhos e Netos.Também há um Genro e Noras.
É lógico que havendo uma Avó, também há uma Sogra.
Gosto muito da minha família porque "ajuntamo-nos" muitas vezes e "quase" sempre para nos sentarmos ao redor de uma mesa. Gostamos, quase todos, muito de comer.
Porque somos Oliveiras, não sei se por temos genes oriundos dos Romanos, apreciamos muito os repastos. Gostamos muito de falar alto, a confusão por vezes é generalizada porque cada um de nós gosta de vincar muito bem o seu ponto de vista.
Discutimos e debatemos todos os temas comuns da actualidade. Há palpites para todos os paladares.
Gosto muito da minha família porque, havendo diferenças e discordâncias, sempre nos unimos quando as circunstâncias o exigem.
Somos multi-profissionais: Temos doutores, professores, engenheiros,mecánicos, músicos, motoristas e parasitas e ainda há um vendedeiro. A Avó já está jubilada.
Também somos multi-culturais: Uns lêem muito, outros não lêem nada; uns escrevem no blog; outros nem o blog lêem; há quem toque gaita e também há quem assobie para o lado.
Recentemente adquirimos para a família um novo elemento de tez achocolatada.
Foi muito bem recebido e também se integrou bem no conçórcio.
Esta família de quem eu gosto, está muito feliz.
Esta noite jogam Porto e Benfica; espero que no final toda a família fique satisfeita.
Na minha família só existem adeptos destas duas instituições.
Felicidades a todos.
Tio João .

OBS; depois de corrigida e revista esta redacção, foi-me atribuída a nota 26

domingo, 13 de setembro de 2009

Oliveiras nas mudanças

Foi um domingo em cheio! Ou melhor... um domingo arrasador!

Feita a chamada, os primos responderam literalmente em força!
Eu precisei de ajuda na mudança de casa e a malta não virou a cara ao esforço. Ivo, Eduardo, Paula, Tiago e Filipe foram incansáveis na complicada transição de um T1 apertado e atolhado de tralha para um T3 arejado, mas que entretanto se transformou num acampamento cigano. Uma imagem linda esta dos jovens Oliveira a fazerem viagens numa carrinha que bem poderia fazer parte da feira do Cerco. Os domingueiros tomaram-nos por loucos do asfalto.


Hoje, uns demonstraram talento no dito "alombamento", enquanto "outro" mostrou talento na montagem Lego inventado pelo Ikea. Entretanto, ontem, o Ivo e eu batemos recordes na referida loja. Explicando: comprámos sofá, móveis da sala, do quarto e do escritório em duas horas; depois conseguimos carregar a carrinha, ir a Rio Tinto e voltar ao ponto de partida, já com o depósito reposto, em uma hora! Ivo, esquecemo-nos foi de um móvel e enganámo-nos na medida de um dos estrados, o que resulta, para já, numa cama com um lado género cratera. Ah... também partimos umas lâmpadas (ninguém viu).

Depois do atarefado dia de domingo, ainda houve trabalho extra para alguns... Deve ter sido giro... O sofá a ser levado escadas acima em São Vítor.

É verdade, as mães e a avó ajudaram na reposição das energias.

Bem... chega de "patois". O meu muito obrigado a todos o que ajudaram. Não sei como agradecer, mas prometo que vou tentar. (Tiago, esquece as massagens!)

Que grande Família esta! E forte também!

P.S. Há uma foto, mas como não sei onde estão os cabos de coisa alguma, - aliás, nem as minhas cuecas -, vai ter que ficar para mais tarde.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

E Setembro chegou!

Estamos em Setembro, que é um mês rico em datas importantes na família. Começo por dar os parabéns ao casal Oliveira do Candal que amanhã completa mais um aniversário de casamento.
Mas para o ano há mais um aniversário para comemorar que é o dia 5, porque foi o dia de esquecer o que se passou há uns anos atrás entre mim e o João.
Fátima

domingo, 6 de setembro de 2009

Oliveira na terra das oliveiras

Dizem os livros que a cidade de Atenas herdou esse nome em forma de homenagem à sua deusa Athena, deusa da sabedoria, do ofício, da inteligência e da guerra justa. Athena brindou a cidade com um ramo de oliveira, derrotando assim os seu rival, Posoidon, deus do mar, cujo presente havia sido um jarro com água do mar. As oliveiras proliferam por toda Atenas e trouxeram à cidade a prosperidade e a riqueza que a história testemunha.

Dia 12 de Agosto apanho o avião para me dirigir a Atenas e poder apreciar bem de perto o que há uns anos atrás negligenciei nos livros de História de Arte.

A aproximação à pista faz-se pelo Mediterrâneo com uma breve passagem pela região grega do Polepponeso; ao passo que Atenas fica para trás e a altitude diminui, fico com a sensação de que vamos aterrar num olival, mas o alcatrão lá aparece e o “touch down” é quase perfeito.

De autocarro pela cidade dentro, as primeiras impressões não são as esperadas para uma capital europeia que aderiu à CEE ao mesmo tempo que o nosso querido Portugal. Atenas é suja, com muito pó, o aglomerado de edifícios estende-se de forma desmesurado; nunca lá estive, mas fiquei com a impressão de que estava em Telavive ou Bagdade. Passava quase uma hora após termos apanhado o autocarro, lá chegamos ao centro, a Syntagma para ser mais preciso, uma praça rectangular onde uma aresta é preenchida pelo Parlamento grego. Olho em redor enquanto tiro do bolso um mapa da cidade, localizo-me, localizo o hostel; 3 paragens de metro de distância, temos tempo, seguimos a pé com os trolleys à mão e mochilas às costas. À medida que nos afastamos do centro, o cenário degrada-se e desagrada. Os toldos verdes dos varandins e os edifícios mal conservados aparecem como se de uma mudança de cena se tratasse. Não vejo um risco no chão, não vejo uma passadeira, a confusão do trânsito é caótica, mas mesmo assim o cantar das cigarras sobrepõe-se a tudo o que é audível. Estamos em Omonia, faltam cerca de 500 metros, os 500 metros mais melindrados da nossa passagem nas terras de Sócrates (o antigo). Pareceu-me estar em Lisboa, no Martim Moniz, muitos emigrantes africanos, árabes e outros falam alto, rixam, olha-nos como uma oportunidade, cada rosto é uma potencial ameaça, passa por nós um individuo com a cara recentemente amassada. Não há passadeira mas atravessamos com cuidados mínimos no vermelho, o passo apressado leva-nos rápido ao nosso porto de abrigo.

A exploração de Atenas começou logo que nos livramos da bagagem, seguimos de metro direitos à Acrópole e subimos ao monte Philloppapos, mesmo em frente à Acrópole. Do sopé ao cume são 15 minutos; o cenário arrepia pela monumentalidade da arquitectura com mais de 2500 anos, o que há uns anos ilustrava o livro de História de Arte está ali, à minha frente. O Parténon, o Erecteion e o templo de Athena Nike. No dia seguinte seguimos então à Acrópole propriamente dita, o Teatro de Dionísio é o monumento que nos recebe ainda antes da pequena subida. A vista sobre a cidade não impressiona, continuam os toldos verdes, agora espalhados em forma de pontos por toda Atenas. Algo moderno, moderníssimo, é o novo museu da Acrópole, localizado, claro está, mesmo no sopé da mesma. €1 é muito pouco para o tanto que lá vimos. O tanto que lá vi, presumo eu que os livros também me mostraram, mas lá eu não vi. Os estilos dórico, jónico e corinto fazem agora todo o sentido.

Os nossos três dias em Atenas foram demasiados dias em Atenas. Atenas vale pelo espólio artístico e histórico que alberga e pelos pitorescos bairros de Plaka e Monastiraki onde, com uma sensação bem mais agradável e acolhedora de que a que quando fomos recebidos, podemos escolher um dos muitos restaurantes e apreciar uma Moussaka (uma espécie de empadão mas bem melhor) ou um Baclavá (sobremesa de massa folhada com mel e frutos secos), ou então percorrer as ruas de mercado e comércio onde encontramos Ray-Ban, Valentino, Gucci, Hilfiger, tudo a 10 euros sem a preocupação da veracidade da coisa ou se a ASAE vem aí para fiscalizar.

Seguiu-se Creta, uma viagem de ferry de 7 horas (300Km’s) serviu para relaxar, contemplar a companhia, o mar e o pôr-do-sol no mar Egeu. Viajo no varandim com a máquina fotográfica em punho, deixo para trás as Cíclades, que com muita pena não pudemos visitar. Heraklion, capital cretense, surge já no breu com um aglomerado de luzes no horizonte.

Já desembarcados, apanhamos um táxi com direito a prevaricar duplos traços-continuos e ultrapassagens pela berma (nunca mais me queixo dos condutores portugueses). Um quarto de hora depois estávamos em Piskopiano, pitoresca vila situada na encosta da pequena cidade de Hersonissos. Lá nos esperava o Dolce Fare Niente, com direito a 40ºc, piscina e espreguiçadeira com o mediterrâneo em pano de fundo. Por incrível que pareça, não demos um mergulho no mediterrâneo, a praia era demasiado curta e ocupada com esplanadas e restaurantes, além do que, nas horas mais proveitosas encontravam-se repletas de turistas com o mesmo objectivo que o nosso, com a diferença de que nós não o alcançámos, mas também não nos importamos, o Dolce Fare Niente esperava por nós, e 5 dias de Dolce Fare Niente em Piskopiano não se trocam por uma hora que seja a lutar por um lugar na areia.

Como não há bela sem senão, o dissabor veio no fim, entre apanhar o ferry de volta a Atenas, autocarro, metro e novamente autocarro até ao aeroporto, e mesmo continuando sem saber porquê, perdemos o avião que nos iria trazer de volta ao Porto. Dia extra em Atenas num quarto caríssimo onde com os braços abertos podíamos tocar as extremidades. Chagamos ao Porto no dia seguinte.

Para ilustrar a passagem de um Oliveira na terra das oliveiras, preparei um vídeo que espero que faça chegar até vós uma pequena parte que seja da minha aventura por terras socretinianas (o antigo).

Férias Grécia 2009 from Filipe Oliveira on Vimeo.

Abreijos

Lipinhu