quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Na caverna da Oliveirita

O Natal está à porta e as ansiedades e expectativas foram bastante evidentes, ontem mesmo, nos festejos do aniversário da Vovó.
O “people” desfez-se em alegres e sonoros comentários sobre a ceia de Natal e, sobretudo, acerca do tão badalado presente surpresa.
Houve quem não resistisse a questionar o próximo; - já compraste o meu presente???? então não és tu o meu amigo secreto???
A Vovó estava radiante, contagiada pela alegria efusiva manifestada pelos mais descontraídos.
Ceou-se com alguma voracidade, dado a adiantado a hora, cantaram-se os parabéns, brindou-se aos oitenta e três, deglutindo um saboroso bolo de aniversário, tudo a preceito como convém.
Posto isto foi tempo de definir tarefas para a janta Natalícia, eu faço isto, tu fazes aquilo, este traz isto, aquele traz aquilo e eis senão quando a Tia Fátima se insurge…….- Eu não trago rabanada nenhuma; o ano passado não comeram a minha rabanada e apresentaram outra.
Ora aqui está um pequeno “quipróquo” perfeitamente evitável, estava tudo a decorrer, diria que na perfeição, quando surge este imbróglio.
Se a Tia Fátima estava encarregada de trazer a rabanada para o “people”, era essa rabanada que se comia. Isso é deselegante para com a Tia Fátima e descredibiliza quem ostensivamente não apreciou a dita cuja. Vamos lá ser um pouquinho melhores uns para com os outros, atravessamos uma época de PAZ, e vamos provar um bocadinho de tudo o que nos apresentarem. Fica-nos bem, e o produtor/a agradecem e sentem-se gratificados.
Por mim Tia Fátima, trás a rabanada tostadinha e bem molhadinha em vinho tinto, não confundir com vinha de alhos. Ensinaram-me a comer de tudo.
Ultrapassado este, «piqueno» incidente, que quase ninguém dos presentes valorizou, a Oliveirita e anfitriã da próxima Quinta à noite, 24 de Dezembro de 09,
anunciou, com muita simplicidade; - É preciso levar tudo, ou seja, a generosidade da Oliveirita termina aqui, porque,”tadita”, dá o que tem e devemos congratularmo-nos, porque não é um qualquer que têm o privilégio de desfrutar de uma ceia de Natal em casa nova.
Vamos ter mesmo festa.
Pessoalmente estou entusiasmado; esta noite, tive um sonho, coisa raríssima, fui alertado pelo Arcanjo Arzabah: o tipo lá conseguiu reparação adequada na asa esquerda com aprovação na respectiva Inspecção Periódica; de que me munisse de ferramenta própria para abertura de algo acondicionado em madeira, na própria Noite de Natal.
Acordei perplexo. Será que lá no etéreo e celestial habitáculo terá chegado a minha prece sobre o livro sobre Comboios Portugueses? Eu pedi um livro, não pedi um comboio; será que o Menino Jesus se equivocou? Faz tempo que leu mal o nome de uma criança, trocou Jacinta por Jacinto e entregou um comboio à Jacinta. Um comboio não é propriamente um presente para uma menina, mas lá no céu também há erros.
Bom, para me preparar com alfaias de carpinteiro, talvez o empregado do Menino Jesus, tenha cometido algum erro grave e por isso, eu vou-me sair em grande, vou receber, não uma prendinha mas, um grande caixote de pregos; estou mesmo a ver mais uma borrada do Arcanjo Arzabah. De todo o modo já estou tomando as devidas precauções e o que for será.
Paródia à parte, espero e desejo que seja efectivamente um GRANDE NATAL, por muitas razões, sobretudo e felizmente por ainda cá andarmos todos.
Posto isto, encontrar-nos-emos na caverna da Oliveirita, para um encontro de Alegria, Paz e Amor.
Até lá abreijos.

Tio João

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