Naquele tempo, corria o Ano da Graça do Senhor de 1952 do século XX.
Mira, casada com um Polícia de seu nome João, encontrava-se nos finalmentes da sua primeira gestação. As dúvidas e ansiedades adensavam-se com o passar dos dias e as interrogações eram muitas. Os meios disponíveis eram nulos e o que tivera que ser, seria.
Havia a expectativa de saber se seria menino ou menina; à época cremos que não existiam os exames ecográficos e, portanto, só depois do produto fora do armazém é que se verificava o seu género.
Havia um modesto enxoval preparado para receber a criatura, para além do amor e do carinho dos progenitores .
Algo parecido com O de Belém, mas ainda mais pobre, não havia burro nem vaca.
Durante um dos sonos mais profundos de que o Polícia João disfrutou antes do nascimento do seu primogénito, apareceu-lhe, em sonho, claro, o Arcanjo Arzabah, empunhando uma espada de fogo numa mão, talvez para amedrontar o pacífico Polícia. Na outra mão trazia uma clássica pauta musical e, guiando-se por ela, entoava um suave refrão, mal perceptível, mas que dizia mais ou menos isto: os Joões, ou são tolos, ou bufões.
João Polícia acordou sarapantado e exclamou: ai é!!!!!! pois se for rapaz vai mesmo chamar-se João; com todas as letras.
Não consta que o dito arcanjo tenha molestado alguma vez mais o Polícia João e estamos em crer que esta arcanjo se terá desenfiado do céu sem a prévia autorização.
O Polícia João ainda hesitou em relatar à Mira este sonho tão mirabolante e tão pouco oportuno, mas acabou por o confessar.
Mira não se fez rogada e exclamou: ora!,ora!, o que importa é que seja perfeitinho, o resto são tretas.
Rezam as croniquetas que " a boa horinha " chegou por volta do início da noite do 26 de Novembro do 52 do século passado. Consta que ambos ( os dois ), depois os três, foram tão felizes, que rapidamente passaram a ser quatro, e assim sucessivamente.
Próximo Capítulo......A Epifania do Joãozinho
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
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Adorei!
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