Sobre a paisagem natural, que mais dizer, depois das elegias tão bem ilustradas em pinceladas impressionistas pelos artistas da família? Quanto a mim, prefiro olhá-la em silêncio e nela me perder em pensamentos, regalar os sentidos de odores e cantos.
Mas a paisagem humana, na sua variedade e riqueza, não concorre em beleza com o monte vestido de urze ou com os regatos saltitantes de alegria?
Então, vejamos:
No grupo coeso e “AXAlentemente” liderado, destacou-se, a meu ver, um ser temerário (não confundir com temeroso), um verdadeiro herói pela bravura e empenho que pôs em afastar obstáculos, em ajudar o próximo a seguir em frente.
Quando o riacho, prenhe de água, troçava de nós pela ousadia de o querermos vencer, eis que sai daquele grupo, tal qual D. Quixote de la Mancha, não munido de “lança em astilheira, adarga, cavalo magro a galgo corredor”, mas de cuecas vestido, armado de varapau contra os castelos de vento, ignorando as admoestações realistas de Sancho Pança ( o pai), atira-se intrepidamente à corrente e, sem que o frio gélido da água o intimide, começa a reunir todos os pedaços sólidos que por ali flutuavam.
Enquanto isso, o Oliveira mais novo, desejoso de mostrar serviço, rapa do canivete e, num ápice, derruba duas tenras árvores que virão a desempenhar papel primordial.
A labuta é muita, os assessores rapidamente unem esforços e chega daqui, coloca ali, estende acolá, a ponte vegetal vai-se edificando a par e passo, tendo como engenheiro responsável e activo o bombeiro da família.
Depois, foi só atravessar a ponte, suportada por três Oliveiras: o primeiro pilar estendia-nos a mão e fazia ouvir a fúria da sua voz; o segundo e, porventura, o mais treinado nestas atitudes solidárias e a favor do bem comunitário, fornecia-nos o apoio necessário para chegar à outra margem, onde o terceiro nos recolhia qual pescador de náufragos. E, assim, atravessámos aquele rio de águas cantantes e de doce marulhar.
Finalmente, Duarte, se a tua Dulcineia estivesse lá, sucumbiria de amor e admiração por ti, Cavaleiro/Marinheiro andante…
Lili
22 de Junho de 2009
À Direcção do Pasquim.
ResponderEliminarGostaria de saber quando vai ser editado o próximo nº do Pasquim.
E já agora. PUBLICAM ANÚNCIOS??
No caso afirmativo qual o preço por letra?.
Aguardo resposta.
João (o tio)
Aceitamos anúncios.
ResponderEliminarPoderá contactar a nossa delegação mais próxima da sua residência.
Estamos na Maia, Candal, Cerco do Porto/S. Roque da Lameira,Rio Tinto, Coimbrões e S. Bento da Vitória no Porto.
No sul, na capital, junto do Terreiro do Paço.
A publicação o(ku)rerá quando estiverem disponiveis os trabalhos de todos os correspondentes.
Entretanto amande-nos o seu anúncio que "isto está mesmo feio, já bateu no fundo" como nos disse um familiar nosso bem conhecedor do mercado.
Nota da redacção
Pasquim,o Caraças! trata-se de um periódico de prestigio já no 2º ano de actividade. Este ano já fomos citados na blogosfera.
Sâo dois anus a pensar em fazer o melhor por si!
Não admira que a nossa edição em papel ,do ano passado,tenha esgotado. Não admira também que esteja â espera da impressão deste ano.
Entretanto se estiver com muita vontade releia a edição do ano passado.
Pela direcção
A Delegação Sul